América Latina é principal mercado de interesse, diz Comissão Europeia

Declaração é do vice-presidente da comissão, que está no Brasil.
'Para nós é muito importante trabalhar com empresários do Brasil', disse.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, disse nesta sexta-feira (16) em visita ao país que a América Latina, em especial o Brasil, é o mercado mais importante para investimentos da Europa atualmente, à frente de países como China e Rússia e da África do Sul.
“Estamos trabalhando contra a crise na Europa e contra a crise trabalhamos em favor da economia real. A economia real é a indústria, pequenas e médias empresas e o mercado exterior e interior (...). Há um mercado claro chinês, russo e africano, mas para nós é mais importante o mercado da América Latina, e o Brasil é o pais mais forte a nível econômico na região”, afirmou, após participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Tajani afirmou que chegou ao país com uma delegação das mais importantes empresas europeias e organizações de pequenas e médias empresas. “Para nós é muito importante trabalhar juntos com os empresários do Brasil. São Paulo é a região mais forte a nível econômico e empresarial”.

Qualidade
Tajani disse que é importante um trabalho de parceria com brasileiros, focado na qualidade. “Não podemos competir com o chinês pela quantidade, mas podemos ganhar no setor da qualidade. Há aqui empresas de todos os setores europeus, como o de automóveis, lazer, turismos, moda, agroindústria, além das câmeras de comércio”, ressaltou.

Ele disse, ainda, que firmou acordos na quinta-feira (15) com a presidente Dilma Roussef e com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Entre os acordos está um entre as indústrias, pequenas e médias empresas e universidades, em favor da inovação e tecnologia, disse. Outro citado é um acordo entre empresários europeus e brasileiros, de intercâmbio de jovens empreendedores.

Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é muito positivo para o Brasil fazer acordos com a Europa. “No Brasil nós somos 190 milhões de habitantes com poder aquisitivo determinado. Na Europa são 500 milhões de habitantes com poder aquisitivo muito maior que o brasileiro. Em termos de mercado, o mercado deles considerando o número maior de habitantes e o poder aquisitivo lá, é cinco vezes maior o do Brasil. Então, como eles têm interesse no nosso nós também temos interesse no deles”, disse.

Segundo Skaf, o fluxo de comércio, ou seja, o que o Brasil importa da União Europeia e exporta de lá, é de US$ 80 bilhões, o que representa 1% dos US$ 8 trilhões de fluxo de comércio europeu (fluxo de comércio da União Europeia com todos os países).
De acordo com Skaf, participaram do encontro representantes de entidades europeias de vários setores, como alimentos, construção, siderúrgica, farmacêutica e empresários de associações que representam a cadeia produtiva. “Algumas dessas empresas já investem no Brasil, outras não investem”, disse.


FONTE: G1

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