"Não está entrando nada. Se eu depender desse esquema de importação, vou falir", diz o comerciante de toalhas da avenida Santa Fé, em Buenos Aires. Para abastecer a loja, o empresário, que não quis se identificar, disse que foi ao Brasil e trouxe um carregamento em seu próprio carro. Na loja de artigos esportivos Speedo, na mesma avenida, faltam reposições de itens como óculos de natação e raquetes de tênis. "Em todas as áreas falta algo, mas os importadores têm medo de represálias e não falam disso abertamente", diz o porta-voz da Câmara de Importadores da Argentina, Miguel Ponce. A área mais afetada é a indústria, que depende de componentes importados-mais de 80% das compras argentinas vêm daí. Mas há reclamações dos setores gastronômico, têxtil, cosmético, editorial e médico, entre outros. Faltam desde saquê e wasabi nos restaurantes japoneses até medicamentos de alto custo, contra câncer e Aids. Segundo a Câmara de Importadores, a liberação dos produtos -acum...