Mantega promete novas medidas para aquecer o setor têxtil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega (na foto, ao lado do presidente da ABIT - Aguinaldo Diniz Filho), mostrou-se preocupado com a situação do setor têxtil em reunião com empresários da indústria, nesta sexta-feira. “Todo o crescimento do consumo foi abastecido por importações em 2011”, disse Mantega. Segundo levantamento da Associação da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), entre janeiro e outubro o consumo subiu cerca de 14% e as vendas da indústria caíram 16%. Nesse mesmo período as importações cresceram 38%.
 
Segundo Mantega, algumas medidas devem ser anunciadas até o fim deste ano para reaquecer a atividade do setor. Entre as ações já adotadas pelo governo o ministro citou o aumento do capital de giro, com linhas do BNDES, e a desoneração da folha de pagamento de confecções. Mas ainda não são satisfatórias, reconheceu. “Vamos estudar outras medidas para garantir que a indústria continue gerando empregos.”
 
O ministro explicou que esse é um dos setores mais atingidos pelo agravamento da crise mundial, e a indústria manufatureira está em busca dos mercados emergentes, sendo o Brasil um dos principais alvos. “Não podemos permitir que a indústria têxtil deixe de produzir e se torne importadora”, afirmou. Segundo Mantega, o governo também vai prestar mais atenção às operações de triangulação e combater a importação legal com preços rebaixados, para o que foi alertado pelos empresários da Abit.
 
O plano Brasil Maior, apresentado pelo governo em agosto como medida para aumentar a competitividade da indústria, ainda não agradou aos empresários, mas segundo o ministro isso é uma questão de tempo. Mantega disse que a Fazenda está estudando se há necessidade de ampliar a desoneração da folha de pagamento e afirmou que o aumento da disponibilidade de crédito, barateando o custo financeiro para as indústrias, já contribuiu para o aquecimento da atividade econômica.

Fonte:ABIT
 

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